quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O centenário de Nelson Rodrigues



Era hora do velho seguir ... pegar sua vida enfiar debaixo dos braços, abandonar a máquina que usou tantas vezes para escrever crônicas, reportagens e roteiros de peças que hoje tornaram-se história. O que seria do povo se a mídia não os lembrasse que esta semana se completa o centenário de Nelson Rodrigues?

O jornalista dono de parágrafos mais fascinantes; como Garrincha era da bola. Apaixonado pelo Fluminense, morreu e deixou uma última crônica ainda por terminar, confusa mas que fora lembrada por Nelsinho (filho) no livro dedicado as crônicas de Nelson rodrigues chamado: Profeta tricolor.

O gênio Nelson Rodrigues tornava as palavras mesmo as mais rebuscadas em algo fascinante, usava o amor pelo fluminense pra contar a história do futebol e tratava com respeito e grandiosidade os outros times que mesmo rivais em campo tornava-se um amor infinito.

Nelson Rodrigues o mestre dos textos fabulosos redigiu ainda com palavras meio sem sentido sua última crônica, seu filho que pra evitar que o velho acompanhasse pela tv a final do campeonato carioca de 1980 entre Fluminense e Vasco teve cuidadeo e enquanto escutava pelo rádio contava ao pai os melhores lances do jogo, quando Edinho então zagueiro do fluminense bateu uma falta e marcou o gol para o time e dando ao vasco o vice campeonato carioca de muitos outros, inclusive, até os dias de hoje.

Quando soube da vitória Nelson Rodrigues levantou foi até sua máquina de escrever e ditou ao filho o que vinha ser sua última crônica ao Flu e sendo assim eternizada. Segue ..

"- Gostaria de falar dos campeões. O Fluminense tem um elenco fabuloso do goleiro ao ponta-esquerda, e só os lorpas e pasquácios não veem que o futebol brasileiro está encarnado nos craques tricolores"

Foi uma crônica ainda meio sem sentido em razão da saúde fragilizada do gênio escritor que logo após 19 dias do campeonato, 21 de Dezembro de 1980 veio a falecer. Encerrava ali a vida de um cronista esportivo mais coerente,eu diria. Nelson Rodrigues.

Nenhum comentário:

Postar um comentário