terça-feira, 29 de março de 2011

O DOCE VENENO DO ESCORPIÃO ...


Raquel Pacheco e Bruna Surfistinha, o que essas duas tem em comum?




Raquel a menina que precisou de ajuda para enfrentar a distância que havia dentro de casa em relação ao pai que era mais conservador, sua mãe a protegia de pequenos erros que com o passar do tempo foram se tornando prejudiciais com seu crescimento. Bruna conseguiu o que Raquel sempre desejou, atenção.


O doce veneno do escorpião é uma reprodução da vida que Raquel escolheu pra seguir e é quando nasce Bruna Surfistinha. O problema de todo esse interesse pela vida que levava a jovem àquela época é tornar banal a opção pela profissão de garota de programa e quando se acompanha alguns relatos por meio do livro e entrevistas não faça com que outras adolescentes se entreguem a essa vida, sabe-se que o discurso fortalece aos menos capacitados o mergulho na vida de prostituta e imaginando um final feliz. Durante a leitura pode-se perceber que ora intercalado por histórias de uma e de outra, no entanto o que se vê nesta narrativa é como vivem as prostitutas, claro que, existe o "glamour da profissão", o conto de fadas, mas a minha intenção aqui não é valorizar qualquer tipo de atitude que esta jovem tivesse tido ao longo dessa fase.

O livro descreve todos os momentos vividos por Bruna, suas incasáveis noites sem dormir, por consumo excessivo de drogas e programas. O fato é que a história contada na tela dos cinemas de Raquel Pacheco trouxe à tona toda uma discussão social sobre prostituição, preconceito, família e drogas.

O que leva uma jovem sair de casa muito nova em busca de sua independência financeira e vai atrás exatamente da profissão que de certa maneira te exclui da vida social, faz com que toda sociedade veja com certo preconceito.

O que realmente essas meninas vivem no dia a dia do trabalho, se elas almejam mudanças, se existe futuro, se pretendem ser mães, o que pensam da família e o porque essa escolha?

Raquel Pacheco infelizmente não consegue responder todas estas perguntas de forma focada, o que me parece realmente ao longo da leitura é que até hoje ela não conseguiu se encontrar.

Casada com um ex cliente, com 26 ano,s hoje é empresária, DJ e utililza o seu blog para informar sobre suas atividades, no entanto o que lhe perturba até os dias de hoje é o fato de não ter mais contato com seus pais. Entende-se que a família não aceita o fato de Raquel ter feito uma escolha que ferisse toda a ideologia da família e em resposta aos seus diversos pedidos de perdão através de programas de TVs, Cartas, telefonemas (sem sucesso), filme e livros ainda sim, a família mantêm o silêncio e se reserva no direito de não dar notícias. Raquel agradece todo esse "Bum" que
a Bruna Surfistinha lhe rendeu e afirma não se arrepender de nada que ficou no passado, mas prefere seguir como Raquel Pacheco.





BRUNA SURFISTINHA POR BRUNA SURFISTINHA: CORAJOSA








RAQUEL PACHECO POR RAQUEL PACHECO: DEBILITADA