quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SANTA MARIA, 27/01/2013

 
 
Santa Maria, 27/01/2013, 231 mortos dentro da Boate Kiss. Hoje, aumenta para 143 o número de pessoas com pneumonia por causa de toda a fumaça inalada.
 
No texto a seguir tentarei não repetir o que vem sendo publicado diariamente nos jornais e apresentado nos telejornais de todo o mundo.
 
O que era pra ter sido somente uma comemoração infelizmente terminou em chamas, fumaça, quebra quebra, gritos, correria e pânico. Famílias perderam seus filhos, irmãos, netos, sobrinhos, tios, pais, mães, marido, mulher, namorados e principalmente jovens estudantes. Jovens promissores em suas profissões escolhidas ainda na universidade. Quase a matade dos jovens mortos eram estudantes da Universaidade Federal de Santa Maria/RS. Os jovens eram estudantes de Agronomia, Comunicação Social, Medicina, Ciência da computação, Odontologia e muitos outros cursos. 
 
Em meio a tanta dor no reconhecimento das vítimas, começam as perguntas: De quem foi a culpa? O lugar não tinha estrutura para atender aquele número de pessoas? O vocalista do grupo podia ter usado o sinalizador? Os seguranças exageraram ao contêr as pessoas na saída? Enfim. Ao final desta investigação policial é que teremos a certeza de todas estas perguntas.
 
Enquanto isso o mundo vai acompanhando dia a dia o drama e sofrimento daqueles que lutam pela vida ainda internados em hospitais, são mais de cem jovens.
Desta tragédia o que vai desgastando são os noticiários repetitivos que nos maltrata com as imagens da boate ainda com fumaça, das inúmeras jogadas de responsabilidade em possíveis culpados, os bombeiros, os donos da boate, a fiscalização, os jovens que superlotaram o lugar, os seguranças que impediram a saída no momento da correria.
A sociedade agora começa ir às ruas e pedir justiça com um certo furor como na noite de ontem (29), quando 35 mil pessoas foram em passeata clamando por justiça.
 
A cidade está vivendo um drama e o que a imprensa não pode fazer é sugerir culpados, ela deve sim, promover discussões entre as autoridades para que uma maior atenção seja dada às boates de todo o mundo e que a fatídica noite na Kiss não se repita nunca mais, e que outras vidas não estejam correndo risco sobre os olhos de pessoas tão irresponsáveis e incapazes de exercer a profissão com atenção e zelo.
 
Rezar não adianta, o trabalho precisa ser concientizado hoje e sempre para que o ser humano erre cada vez menos e que famílias chorem menos diante de tragédias como estas.