quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sensacionalismo e o Caso do diretor da Yoki


Desaparecido desde o dia 20 de Maio o diretor da Yoki, empresa de alimentos e uma das maiores neste ramo, foi assassinado com um tiro, esquartejado e teve partes do seu corpo jogado dentro de sacos plásticos na região de Cotia (SP).

Pois bem! A imprensa formou um espetáculo diante da notícia.
A mídia vem reforçando os indícios da polícia de que a esposa do empresário morto será a possível assassina. É claramente perceptível a força que a imprensa tem sob a manipulação das informações diante de casos tão delicados, principalmente neste tipo de crime. A grande massa que tem acesso as notícias por diversos tipos de veículos, seja televisão, internet, rádio, jornais e revistas até deve levar em consideração mas não concluir que "fulano" ou "ciclano" é o culpado.

Costumo lembrar sempre neste blog que, alguns jornalistas têm o dom de confundir, manipular e levar os leitores e telespectadores à conclusões precoces. É fácil manipular parte de uma sociedade mal orientada, que lê pouco e acha que os noticiários são infalíveis, nem sempre, atentem para isto. Uma notícia bem apurada e passada adianta de forma transparente faz com que os bons leitores questionem detalhes importantes, isto é um caminho positivo do bom jornalismo.

O que se quer é apresentar os fatos de forma evidente sem ter um jornalismo tendencioso com um formato mais julgador, impiedoso, justiceiro. Levamos a notícia de acordo com que elas vão aparecendo e não buscar aparecer com o veículo responsável por noticiar tal informação muito mais que o fato noticiado. O tipo de jornalismo parcial traz junto dele o furor de uma sociedade que se torna agressiva e ao invés de incentivar a imparcialiadade traz com ela a movimentação e mobilização errada de todos. Não podemos mais assistir um jornalismo completamente parcial e com suspeitas já quase conclusivas por jornais, e que os programas de Tv não debatam de forma errônia para que não se torne como os outros casos: O caso Bruno, Caso Isabela Nardoni, o Caso da pequena Lavínia, assassinada em hotel da Baixada entre muitos outros.

Assim não terá justiça e sim um sentimento de revolta entre as pessoas que também resultará na má investigação policial. Sim, porque se o caso vira um espetáculo pressuponho que o trabalho investigativo da polícia seja concluído pelo simples desejo de "justiça" da sociedade em ver os acusados na cadeia.

Precisamos ler mais e indagar muitas questões antes de apontar o dedo e acusar um suspeito.

Um comentário:

  1. Com certeza o que algumas redes fazem pra ganhar audiencia afeta e muito na conclusao de casos policiais...isso ja ficou claro em varias situaçoes e sempre vai continuar existindo...

    ResponderExcluir