terça-feira, 7 de maio de 2013

A MORTE DO MATEMÁTICO E OS FORMADORES DE OPINIÃO

 
 
A internet transformou boa parte da sociedade em analistas, comentaristas, cronistas e principalmente, um povo justiceiro e para exemplificar citarei a matéria do último domingo (05), o programa dominical da Rede Globo, o Fantástico exibiu a caçada da polícia Civil do Rio a bordo do helicóptero ao traficante Márcio José Sabino, o Matemático. O inquérito foi reaberto pelo procurador geral, Marfan Martins Vieira e quem entregou uma cópia do vídeo foi o deputado estadual Marcelo Freixo.
A matéria repercutiu nas redes sociais gerando indignação, trazendo discussão e furor que para a maioria deles a Rede Globo critica o fato do traficante ter sido morto.
Que foi arriscada esta ação isto não se pode negar, que a polícia neste momento está em conflito com ela mesma, isto também não se pode negar.
Rodrigo Pimentel que é ex policial Militar e hoje, comentarista de segurança da Globo analisa as imagens e o perigo das balas terem atingido inocentes em casas e um prédio. Assim como, os consultores de segurança pública, José Vicente da Silva e Diógenes Lucca que, também entenderam que esta ação foi exagerada e desnecessária.
O que se discute na matéria não é o fato dos policiais terem matado o Matemático e sim, o fato dos tiros terem sido distribuídos a esmo, podendo assim, extrair vidas inocentes em meio a uma emoção momentânea.
No vídeo fica claro que, a policia tem ânsia de deter e exterminar um dos grandes problemas da cidade, mas também percebe-se que entre eles há uma falta de entendimento muito grande, e que, a Rede Globo neste caso não apresentou nada mais que um fato. Tornou público a morte de um dos maiores traficantes já procurados e uma ação que poderia ter terminado em tragédia, ressaltando que, havia naquele momento pessoas circulando no interior da comunidade.
Sabemos da boa intenção da polícia para com a comunidade, sabemos também da intenção da imprensa em noticiar o que é de interesse público, o que é mais difícil neste emaranhado de notícias, críticas e soluções é a opinião que a sociedade cria e acaba gerando o vício da repetição. Alguns leem determinados noticiários e de forma contrária vão disseminando aquilo como se fosse a verdade, denegrindo assim o profissional da polícia, do jornalismo, da segurança e do ministério público.
Não compartilhe a ideia do outro, leia atentamente as notícias, confronte informações, não seja preguiçoso ao ponto de crer em única verdade. Seja sempre um formador de opinião e não um compartilhador de ideias alheias.

Abaixo o vídeo da caçada ao Matemático ...

http://www.youtube.com/watch?v=ghrL-M_DxkM&feature=player_embedded#!


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SANTA MARIA, 27/01/2013

 
 
Santa Maria, 27/01/2013, 231 mortos dentro da Boate Kiss. Hoje, aumenta para 143 o número de pessoas com pneumonia por causa de toda a fumaça inalada.
 
No texto a seguir tentarei não repetir o que vem sendo publicado diariamente nos jornais e apresentado nos telejornais de todo o mundo.
 
O que era pra ter sido somente uma comemoração infelizmente terminou em chamas, fumaça, quebra quebra, gritos, correria e pânico. Famílias perderam seus filhos, irmãos, netos, sobrinhos, tios, pais, mães, marido, mulher, namorados e principalmente jovens estudantes. Jovens promissores em suas profissões escolhidas ainda na universidade. Quase a matade dos jovens mortos eram estudantes da Universaidade Federal de Santa Maria/RS. Os jovens eram estudantes de Agronomia, Comunicação Social, Medicina, Ciência da computação, Odontologia e muitos outros cursos. 
 
Em meio a tanta dor no reconhecimento das vítimas, começam as perguntas: De quem foi a culpa? O lugar não tinha estrutura para atender aquele número de pessoas? O vocalista do grupo podia ter usado o sinalizador? Os seguranças exageraram ao contêr as pessoas na saída? Enfim. Ao final desta investigação policial é que teremos a certeza de todas estas perguntas.
 
Enquanto isso o mundo vai acompanhando dia a dia o drama e sofrimento daqueles que lutam pela vida ainda internados em hospitais, são mais de cem jovens.
Desta tragédia o que vai desgastando são os noticiários repetitivos que nos maltrata com as imagens da boate ainda com fumaça, das inúmeras jogadas de responsabilidade em possíveis culpados, os bombeiros, os donos da boate, a fiscalização, os jovens que superlotaram o lugar, os seguranças que impediram a saída no momento da correria.
A sociedade agora começa ir às ruas e pedir justiça com um certo furor como na noite de ontem (29), quando 35 mil pessoas foram em passeata clamando por justiça.
 
A cidade está vivendo um drama e o que a imprensa não pode fazer é sugerir culpados, ela deve sim, promover discussões entre as autoridades para que uma maior atenção seja dada às boates de todo o mundo e que a fatídica noite na Kiss não se repita nunca mais, e que outras vidas não estejam correndo risco sobre os olhos de pessoas tão irresponsáveis e incapazes de exercer a profissão com atenção e zelo.
 
Rezar não adianta, o trabalho precisa ser concientizado hoje e sempre para que o ser humano erre cada vez menos e que famílias chorem menos diante de tragédias como estas.
 
 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Dia de Veta, Dilma!

 
 
É hojé o dia da manifestação pelo veto da presidenta Dilma no centro do Rio de Janeiro. A manifestação terá início as 14h, transportes públicos terão passagens gratuitas a partir de 13h até as 15h para chegada, e a partir das 20h até as 22h para o término. 
O evento reunirá, estudantes, trabalhadores, políticos, caravanas vinda do interior do estado, artistas, shows e um trio elétrico que seguirá para Cinelândia com muito discurso.
Está tudo muito bem, tudo muito lindo, mas precisamos analisar este ato por um outro lado, o lado mais crítico, mais humano, mais povão, talvez.
Eu acho toda esta manifestação um circo, um circo de absurdos, um ato que atenderá inicialmente aos interesses dos "peixes graudos". É isso mesmo minha gente! Mais uma vez o povo vai sofrer com trânsito, enormes congestionamentos, muita bebida alcóolica, demora, cansaço e perda de tempo. Sim, porque se o cara vai a uma manifestação deste tamanho encontrará por lá ambulantes vendendo grande quantidade de bebida alcóolica. Provavelmente este cara ao final deste ato pegará seu carro de volta pra casa e correrá o risco de sofrer um acidente, e assim provocando não só tristeza aos seus parentes, mas também à outras vítimas. Hospitais que já não andam bem das pernas, diga-se de passagem, estará entupido para dar atendimento aos embreagados em busca de glicose, fora os transportes públicos que, ano que vem terá aumento abusivo de passagem (R$ 3,05), hoje terá o seu período gratuito, que lindo, não é mesmo?! Já se pode prever o empurra empurra, confusão e aborrecimento de quem não fará parte deste movimento e tentará chegar em casa logo após um longo e cansativo dia de trabalho. Tristeza!
E os show de funk e pagode que são recriminados e vistos por autoridades como ritmo marginalizado, hoje terá seu dia de glória. Que bonito, né?! Todos numa festa só, vestindo a mesma camisa, com o mesmo ideal para tão somente gritar com os nossos políticos que tanto nos dão "pernada", que são desonetos, que são pegos com mensalão na cueca, na mala e nos paraísos fiscais, hoje estarão se juntando aos "pobres miseráveis", ladrões, "cracudos", vândalos e desordeiros, como se não houvesse amanhã. E todos darão as mãos ao final e gritarão: Veta, Dilma!
Sinceramente, será uma cena linda e histórica, mas bom seria se uma vez no mês o povo pudesse receber um dia de passagem gratuita, hospitais capacitados para receber inúmeros bêbados e acidentados com atenção e socorro a vidas. Que lindo seria se não houvesse políticos ladrões, preconceituosos e que aceitassem o nosso ritmo popular com mais carinho e cuidassem dos depenentes químicos com tanto empenho e também expusessem faixas  de locais onde pudessem buscar ajuda de verdade. Que bom seria.
Não sei se de fato o povo tem noção desta manifestação, mas o importante é beber, pagodear e dançar funk hoje na cinelândia, né senhores políticos?!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A chance perdida



Hoje eu amanheci virada na frustração. Descobri que a única chance que eu tinha de aproveitar aquele cheiro bom, aquela boca pequena, aquele abraço gostoso, aquele ombro confortável foi perdida. Perdi!
Perdi mais uma vez. E olha que nem segurei um pouquinho a chance, só avistei de longe e mesmo que eu tivesse corrido mais do que eu corri acho que não alcançaria a chance de tê-lo.
Perdi ele de novo, perdi a voz que eu tanto gosto ao pé do ouvido, perdi o som da risada, perdi de ver o sorriso, perdi. Simplesmente eu perdi.
Foi devolvido a ele a alegria que talvez faltava, mas me foi tirado a única chance que eu pude ter. Mais uma vez amanheci frustrada, amargurada e pensando no que eu podia ter feito pra agarrar, ou talvez, puxar a única esperança que eu tinha de tê-lo nos braços mais uma vez. Não entendi essa volta que a vida deu, não entendi porque isso aconteceu, acho que nem quero entender. O melhor é seguir em frente e dizer pro coração que não há mais chances, pelo menos por enquanto. Melhor fazer o coração se acostumar com essa perda, outros sentimentos virão, outras oportunidades virão e eu vou continuar buscando. Esse já foi, passou ...
Uma pena,! Eu tinha tanta coisa bonita pra falar, eu tinha tanta coisa pra mostrar, eu tinha tanto carinho pra dar a ele. O destino tratou de deixar ele seguir um caminho diferente do meu. Perdi! Esse eu perdi.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O centenário de Nelson Rodrigues



Era hora do velho seguir ... pegar sua vida enfiar debaixo dos braços, abandonar a máquina que usou tantas vezes para escrever crônicas, reportagens e roteiros de peças que hoje tornaram-se história. O que seria do povo se a mídia não os lembrasse que esta semana se completa o centenário de Nelson Rodrigues?

O jornalista dono de parágrafos mais fascinantes; como Garrincha era da bola. Apaixonado pelo Fluminense, morreu e deixou uma última crônica ainda por terminar, confusa mas que fora lembrada por Nelsinho (filho) no livro dedicado as crônicas de Nelson rodrigues chamado: Profeta tricolor.

O gênio Nelson Rodrigues tornava as palavras mesmo as mais rebuscadas em algo fascinante, usava o amor pelo fluminense pra contar a história do futebol e tratava com respeito e grandiosidade os outros times que mesmo rivais em campo tornava-se um amor infinito.

Nelson Rodrigues o mestre dos textos fabulosos redigiu ainda com palavras meio sem sentido sua última crônica, seu filho que pra evitar que o velho acompanhasse pela tv a final do campeonato carioca de 1980 entre Fluminense e Vasco teve cuidadeo e enquanto escutava pelo rádio contava ao pai os melhores lances do jogo, quando Edinho então zagueiro do fluminense bateu uma falta e marcou o gol para o time e dando ao vasco o vice campeonato carioca de muitos outros, inclusive, até os dias de hoje.

Quando soube da vitória Nelson Rodrigues levantou foi até sua máquina de escrever e ditou ao filho o que vinha ser sua última crônica ao Flu e sendo assim eternizada. Segue ..

"- Gostaria de falar dos campeões. O Fluminense tem um elenco fabuloso do goleiro ao ponta-esquerda, e só os lorpas e pasquácios não veem que o futebol brasileiro está encarnado nos craques tricolores"

Foi uma crônica ainda meio sem sentido em razão da saúde fragilizada do gênio escritor que logo após 19 dias do campeonato, 21 de Dezembro de 1980 veio a falecer. Encerrava ali a vida de um cronista esportivo mais coerente,eu diria. Nelson Rodrigues.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Coração de vidro ...



De repente me deu uma vontade de falar ...
mas eu lembrei que no blog só posso escrever, melhor deixar com que meus dedos digitem as expressões exatas e tentar decifrar este sentimento perdido aqui dentro.

Às vezes me dá vontade de olhar pra este rapaz e perguntar: Ei, mocinho. Você acha mesmo que eu tenho cara de trouxa?
Você vem aqui, me abraça, me beija, me olha nos olhos, trocamos carícias, fazemos o melhor sexo, falamos sobre um monte de coisas, me faz sentir no meu melhor momento. Daí você vai embora e depois me trata como se nunca tivesse me visto antes?

Que bagunça é essa que você pensa em querer provocar no meu coração? Eu faço um esforço tremendo pra não me envolver, evito todas as possibilidades de ter você todos os dias e quando isso acontece por um instante você vai embora e deixa tudo revirado na saída.

Não faça isso comigo, eu sou uma mulher tão independente, segura, mas me derreto quando você chega. Chega mais aqui, senta do meu lado que eu vou te explicar uma coisa: O coração de uma mulher é de vidro, não resiste há várias pancadas seguidas ...

Esse mocinho que não tem sentimento, que chega e bagunça a minha cabeça, tem o dom de grudar no meu corpo e me fascina quando conta uns contos. Tenho medo de me apaixonar, tenho medo de que ele domine os meus pensamentos, tenho medo de não conseguir controlar os dias em que não estivermos juntos, tenho medo do meu coração gritar a sua ausência.

Esse mocinho não desaparece de uma vez porque ele gosta de brincar com vidros, já sabe que coração de mulher é assim, frágil, não resiste há várias pancadas, não é mesmo?!

Se eu fosse mais forte pediria que ele fosse embora, pra sempre, na verdade eu tenho medo dele se cortar com os cacos que restará do coração quando quebrar. Vidro quando estilhaça não tem volta, tem que comprar outro novo e esse novo não dará espaço pro vidro velho, possivelmente eu estarei curada da perda do que quebrou e o novo ganhará espaço e ficará resistente com o passar do tempo.

Coração de vidro ajuda enrijecer o sentimento, você sabia?

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sensacionalismo e o Caso do diretor da Yoki


Desaparecido desde o dia 20 de Maio o diretor da Yoki, empresa de alimentos e uma das maiores neste ramo, foi assassinado com um tiro, esquartejado e teve partes do seu corpo jogado dentro de sacos plásticos na região de Cotia (SP).

Pois bem! A imprensa formou um espetáculo diante da notícia.
A mídia vem reforçando os indícios da polícia de que a esposa do empresário morto será a possível assassina. É claramente perceptível a força que a imprensa tem sob a manipulação das informações diante de casos tão delicados, principalmente neste tipo de crime. A grande massa que tem acesso as notícias por diversos tipos de veículos, seja televisão, internet, rádio, jornais e revistas até deve levar em consideração mas não concluir que "fulano" ou "ciclano" é o culpado.

Costumo lembrar sempre neste blog que, alguns jornalistas têm o dom de confundir, manipular e levar os leitores e telespectadores à conclusões precoces. É fácil manipular parte de uma sociedade mal orientada, que lê pouco e acha que os noticiários são infalíveis, nem sempre, atentem para isto. Uma notícia bem apurada e passada adianta de forma transparente faz com que os bons leitores questionem detalhes importantes, isto é um caminho positivo do bom jornalismo.

O que se quer é apresentar os fatos de forma evidente sem ter um jornalismo tendencioso com um formato mais julgador, impiedoso, justiceiro. Levamos a notícia de acordo com que elas vão aparecendo e não buscar aparecer com o veículo responsável por noticiar tal informação muito mais que o fato noticiado. O tipo de jornalismo parcial traz junto dele o furor de uma sociedade que se torna agressiva e ao invés de incentivar a imparcialiadade traz com ela a movimentação e mobilização errada de todos. Não podemos mais assistir um jornalismo completamente parcial e com suspeitas já quase conclusivas por jornais, e que os programas de Tv não debatam de forma errônia para que não se torne como os outros casos: O caso Bruno, Caso Isabela Nardoni, o Caso da pequena Lavínia, assassinada em hotel da Baixada entre muitos outros.

Assim não terá justiça e sim um sentimento de revolta entre as pessoas que também resultará na má investigação policial. Sim, porque se o caso vira um espetáculo pressuponho que o trabalho investigativo da polícia seja concluído pelo simples desejo de "justiça" da sociedade em ver os acusados na cadeia.

Precisamos ler mais e indagar muitas questões antes de apontar o dedo e acusar um suspeito.