quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PAPO DE RESPONSA ...


“Vivemos um tempo de intolerância e violência. O relacionamento entre as pessoas, comunidades, sociedade, tem sido tenso. Precisamos superar os estereótipos, evitar classificação e rótulos carregados de preconceito e reconhecer que todas as pessoas, de todas as cores, credos, raças, culturas e classes sociais contribuem para enriquecer a humanidade”.


A introdução foi retirada de uma breve apresentação sobre o Papo de Responsa, um projeto criado pela Polícia Civil em parceria com o Afroreggae no intuito de resgatar aqueles que se envolveram de alguma forma no tráfico, que já tiveram a experiência triste de conviver no mundo do crime. O coordenador do projeto e Policial Civil Roberto Chaves, vai com sua equipe à universidades, escolas, comunidades para mostrar que esse papo pode ser de igual pra igual, ou seja, de amigo pra amigo, que Polícial não é somente tapa na cara e mão na parede. A Polícia oferece total segurança, aliás, é nisso que devemos pensar quando falamos de polícia.

Claro que corrupção e descumprimento de funções há na grande maioria das profissões e isso é um outro papo. Esse Papo é mais que Responsa, a mídia precisa conhecer essa idéia, fazer valer a vontade de quem tem pretensão de mudar, começando pelo mais difícil e fortalecer essa garra dos bons policiais de se fazer um novo dia, um novo amanhecer. Mostrar um caminho mais justo a cada criança que acorda próximo a um fuzil e acredita que esse é o “poder”.

A sociedade precisa acreditar nessa mudança, colaborar para que a polícia também se aproxime de uma forma pacífica e proteger tudo e todos.


A pacificação nas comunidades através das Upps tem apresentado resultados positivos, espera-se que melhore ao longo do tempo, precisa-se acreditar que sim. O mais importante é começar, o restante vem acontecendo ao longo do tempo, é natural, precisamos ter paciência.
O que não podemos permitir é que se continue essa violência, esse medo da polícia. Afinal, esse projeto é para de uma vez por todas fazer a sociedade aproximar-se daquele que está pra servir ao estado e combater a violência, e claro, protegendo vidas e não as tirando.
Acredite nesse Papo, ele é maneiro e de Responsa.



Um comentário:

  1. Tudo o que mais quero é perder o medo que eu tenho da polícia hoje, depois de ter morado durante 20 anos da minha vida na comunidade. Mas posso te dizer que é uma longa trajetória, te digo isso por nunca tive envolvimento com o tráfico, já tem 12 anos que não moro mais em comunidade, mas o meio receio, o medo a visão infelizmente não tem mudado.

    Acho as UPPS um grande passo, estive no Cantagalo há pouco tempo e confesso que fiquei impressionadíssima com o que vi e me questionando muito sobre a cultura de que polícia e bandido dá no mesmo, enfim...

    Uma coisa eu concordo, mesmo com medo, temos que sempre acreditar em um mundo melhor...

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