terça-feira, 26 de junho de 2012

Coração de vidro ...



De repente me deu uma vontade de falar ...
mas eu lembrei que no blog só posso escrever, melhor deixar com que meus dedos digitem as expressões exatas e tentar decifrar este sentimento perdido aqui dentro.

Às vezes me dá vontade de olhar pra este rapaz e perguntar: Ei, mocinho. Você acha mesmo que eu tenho cara de trouxa?
Você vem aqui, me abraça, me beija, me olha nos olhos, trocamos carícias, fazemos o melhor sexo, falamos sobre um monte de coisas, me faz sentir no meu melhor momento. Daí você vai embora e depois me trata como se nunca tivesse me visto antes?

Que bagunça é essa que você pensa em querer provocar no meu coração? Eu faço um esforço tremendo pra não me envolver, evito todas as possibilidades de ter você todos os dias e quando isso acontece por um instante você vai embora e deixa tudo revirado na saída.

Não faça isso comigo, eu sou uma mulher tão independente, segura, mas me derreto quando você chega. Chega mais aqui, senta do meu lado que eu vou te explicar uma coisa: O coração de uma mulher é de vidro, não resiste há várias pancadas seguidas ...

Esse mocinho que não tem sentimento, que chega e bagunça a minha cabeça, tem o dom de grudar no meu corpo e me fascina quando conta uns contos. Tenho medo de me apaixonar, tenho medo de que ele domine os meus pensamentos, tenho medo de não conseguir controlar os dias em que não estivermos juntos, tenho medo do meu coração gritar a sua ausência.

Esse mocinho não desaparece de uma vez porque ele gosta de brincar com vidros, já sabe que coração de mulher é assim, frágil, não resiste há várias pancadas, não é mesmo?!

Se eu fosse mais forte pediria que ele fosse embora, pra sempre, na verdade eu tenho medo dele se cortar com os cacos que restará do coração quando quebrar. Vidro quando estilhaça não tem volta, tem que comprar outro novo e esse novo não dará espaço pro vidro velho, possivelmente eu estarei curada da perda do que quebrou e o novo ganhará espaço e ficará resistente com o passar do tempo.

Coração de vidro ajuda enrijecer o sentimento, você sabia?

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sensacionalismo e o Caso do diretor da Yoki


Desaparecido desde o dia 20 de Maio o diretor da Yoki, empresa de alimentos e uma das maiores neste ramo, foi assassinado com um tiro, esquartejado e teve partes do seu corpo jogado dentro de sacos plásticos na região de Cotia (SP).

Pois bem! A imprensa formou um espetáculo diante da notícia.
A mídia vem reforçando os indícios da polícia de que a esposa do empresário morto será a possível assassina. É claramente perceptível a força que a imprensa tem sob a manipulação das informações diante de casos tão delicados, principalmente neste tipo de crime. A grande massa que tem acesso as notícias por diversos tipos de veículos, seja televisão, internet, rádio, jornais e revistas até deve levar em consideração mas não concluir que "fulano" ou "ciclano" é o culpado.

Costumo lembrar sempre neste blog que, alguns jornalistas têm o dom de confundir, manipular e levar os leitores e telespectadores à conclusões precoces. É fácil manipular parte de uma sociedade mal orientada, que lê pouco e acha que os noticiários são infalíveis, nem sempre, atentem para isto. Uma notícia bem apurada e passada adianta de forma transparente faz com que os bons leitores questionem detalhes importantes, isto é um caminho positivo do bom jornalismo.

O que se quer é apresentar os fatos de forma evidente sem ter um jornalismo tendencioso com um formato mais julgador, impiedoso, justiceiro. Levamos a notícia de acordo com que elas vão aparecendo e não buscar aparecer com o veículo responsável por noticiar tal informação muito mais que o fato noticiado. O tipo de jornalismo parcial traz junto dele o furor de uma sociedade que se torna agressiva e ao invés de incentivar a imparcialiadade traz com ela a movimentação e mobilização errada de todos. Não podemos mais assistir um jornalismo completamente parcial e com suspeitas já quase conclusivas por jornais, e que os programas de Tv não debatam de forma errônia para que não se torne como os outros casos: O caso Bruno, Caso Isabela Nardoni, o Caso da pequena Lavínia, assassinada em hotel da Baixada entre muitos outros.

Assim não terá justiça e sim um sentimento de revolta entre as pessoas que também resultará na má investigação policial. Sim, porque se o caso vira um espetáculo pressuponho que o trabalho investigativo da polícia seja concluído pelo simples desejo de "justiça" da sociedade em ver os acusados na cadeia.

Precisamos ler mais e indagar muitas questões antes de apontar o dedo e acusar um suspeito.